terça-feira, 29 de março de 2011

A Bela e a Fera...

Hoje quero contar uma história... Sobre uma Bela e uma Fera...


Bela era realmente bela
Fera um verdadeiro monstro
Ela sofreu coação, amá-lo ou não?
Ele teve a solução

Uma troca foi o preço
Por conta de um mau começo
No lugar de uma rosa vermelha roubada
Ela fora obrigada a viver com Fera isolada

No castelo a moça morou
O monstro amar começou
O tempo apenas passou
E o amor o encontrou

Quando Bela foi embora
Fera jazia no chão
Bela voltou na hora
Fera não

Bela começou a chorar
Fera no chão a agonizar
Bela matou Fera
Fera morreu por Bela

Um beijo foi o adeus
Fera fechou os olhos seus
Uma densa nuvem o envolveu
Fera desapareceu e o príncipe renasceu



E você gosta de releituras??? Eu simplesmente amo, dá para brincar com as palavras e criar novas histórias....



quinta-feira, 24 de março de 2011

Japão país de pessoas vitoriosas!

Quero deixar bem claro meus sentimentos em relação a população japonesa.
No último dia 11 de março eles sofreram com uma tragédia que abalou não só o país, mas todo o globo terrestre... Sim, o mundo todo está sesibilizado com o que aconteceu, creio que este foi o desastre natural mais caro do mundo, chegando aos US$300 bilhões... Primeiro um terremoto e depois um tsunami.
Como se já não bastasse os reatadores da usina nuclear estouraram vazando radiação, o quarto e mais perigoso reator irá explodir também pelo que contam as autoridades e este é onde está concentrado o urânio e plutônio, Deus esteja com o povo japonês.
Só quero que saibam que oro todos os dias por TODA a população japonesa, por todos vocês, crianças, idosos, homens, mulheres, bebês, animais...
Sei que tiveram perdas horríveis, sei também que o vazio no peito é maior que a dor da perda, mas só Deus pode aliviar e consolar os corações que choram...
Não desanimem, lembrem que existem muitas pessoas que torcem por todos vocês!!! Tudo ficará bem novamente!!!
Amigo de Deus
"Não existe nada melhor
Do que ser amigo de Deus
Caminhar seguro na luz
Desfrutar do seu amor
Ter a paz no coração
Viver sempre em comunhão
E assim perceber
A grandeza do poder
De Jesus, meu bom pastor"
(Adhemar de Campos e Ana Paula Valadão)


Google habilita aplicativo para localizar pessoas no Japão!

Que ótimo...

O Google disponibilizou um aplicativo para ajudar a localizar pessoas no Japão depois da terrível tragédia do dia 11 de março.

Espero que facilite, desta forma será mais fácil localizar amigos, parentes, conhecidos...

Excelente iniciativa, valeu Google!

quarta-feira, 23 de março de 2011

Eu amo fazer ginástica laboral...

Nossa, toda vez que faço laboral volto outra pessoa, renovada, reanimada, pronta para tudo rs...
A laboral é muito boa, a maioria das pessoas não gosta, mas ela é muito importante para o nosso corpo.
Fazemes muitos alongamentos, isso é excelente para quem trabalha muito tempo sentado na frente do computador ou faz movimentos repetitivos.
Hoje a seleção que ela fez conosco foi desde a ponta dos pés até o pescoço. sentímos todos os músculos se movimentarem, os musculos do meio das costas, os dedos, o quadril, tudo foi alongado...
Sim, muito bo fazer esta ginástica, hoje eu realmente estava precisando, já estamos no meio dasemana e ontem o dia foi puxado e cansativo e já acordei cansada pode?

Principais Benefícios da Ginástica Laboral:


- Fisiológicos
* Possibilita melhor utilização das estruturas osteo-mio-articulares, como maior eficiência e menor gasto energético por movimento especifico;
* Promove o combate e prevenção das doenças profissionais;
* Promove o combate e prevenção do sedentarismo, estresse, depressão, ansiedade;
* Melhora da flexibilidade, força, coordenação, ritmo, agilidade e a resistência, promovendo uma maior mobilidade e melhor postura;
* Promove a sensação de disposição e bem estar para a jornada de trabalho;
* Redução da sensação de fadiga no final da jornada;
* Contribui para a promoção da saúde e da qualidade de vida do trabalhador;
* Propicia através da realização dos exercícios características preparatórias, compensatórias e relaxantes no corpo humano;
* Bem como os principais benefícios fisiológico relacionados ao exercício sobre o sistemas cardíaco, respiratório, esquelético, entre outros bem documentados nas evidências científicas.

- Psicológicos
* Motivação por novas rotinas;
* Melhora do equilíbrio biopsicológico;
* Melhora da auto-estima e da auto-imagem;
* Desenvolvimento da consciência corporal;
* Combate as tensões emocionais;
* Melhora da atenção e concentração as atividades desempenhadas.

- Sociais
* Favorece o relacionamento social e trabalho em equipe;
* Melhoria das relações interpessoais.

- Empresarias
* Redução dos gastos com afastamento e substituição de pessoal;
* Diminuição de queixas, afastamentos médicos, acidente e lesões;
* Melhoria da imagem da instituição junto aos empregados e a sociedade;
* Maior produtividade.


Agora estou me sentindo bem mais leve...




Fonte


"Mais Educação!"

Ai ai, hoje já comecei meu dia muito bem... Quero dizer isto ao contrário...

Sou uma pessoa bem comunicativa e adoro chegar todos os dias em meu serviço e cumprimentar as pessoas que ficam na recepção, como o nome já diz eles nos recepcionam, nada mais justo que um "Bom dia" alegre para animar o dia!

Pois então, as pessoas boçais que trabalham aqui na Secretaria, onde trabalho são bem ignorantes a bem da verdade.

Não é a primeira vez que isso acontece e eu fico muito fula da vida quando eles fazem isso, eu cumprimento e eles não respondem, aliás alguns olham para meu rosto e continuam a fazer seu afazeres, tem um guardinha que sempre que está no portão não olha para responder sabe e hoje ele resolveu olhar e eu olhei e fiz igual a ele, olhei para o outro lado e não cumprimentei...

É claro que me senti super mal, aí adentrei a enorme porta e cumprimentei, um passou do meu lado conversando com uma senhora, ele olhou para meu rosto e continuou a conversar com a mulher, a moça que estava no balcão, nem se deu ao trabalho de olhar e só o coitado que estava no cantinho que se esticou todo para responder... Só vou cumprimentar o guardinha de bigode e a moça loirinha que são educados, cumprimentam com um lindo sorriso e até conversam alguma coisinha trivial...

Já decidi, farei igual as outras pessoas que trabalham lá no setor do gabinete e companhia, não vou olhar e quando muito um leve aceno de cabeça...

Esse povo é muito xucro, estão lá para que? Trabalham na Secretaria Estadual da Educação? Acho que não!!!





terça-feira, 22 de março de 2011

A velha

Todos os dias pela manhã, mamãe fazia o café enquanto tomávamos banho... A casa inteira ficava perfumada com o aroma do café quente e fresco...
Que delícia! Ela costumava fazer também broinhas de milho e a casa ficava aconchegante com o formo aceso, lá fora a rua era escura e o vento balançava o cipreste que ficava em frente ao nosso portão.
Depois de tomarmos nosso café, íamos para o quintal brincar de qualquer coisa que nossa imaginação quisesse.
Era meio de outono e as árvores já estavam todas sem folhas e as poucas que sobravam já eram secas, marrons e a qualquer movimento desprendiam-se.
Corríamos por entre as árvores, o chão coberto de folhas abafava nossos passos, podíamos cair à vontade que ninguém se machucava. Sentíamos o cheiro gostoso das flores, tudo era muito bonito e mágico, o vento bagunçava nosso cabelo, jogando-o para todos os lados.
Mamãe nos deixava brincar um pouco e vez ou outra nos chamava para tomar algo quente.
Do outro lado da rua havia uma velha, ficava noite e dia sentada em sua cadeira de balanço, com uma manta xadrez nas pernas e um xale grosso de lã nas costas. Havia uma varanda de vidro na casa dela e era de lá que nós a víamos todos os dias.
Ninguém da rua notava aquela pobre senhora sentada em sua cadeira, um dia pela manhã ela não estava na varanda, no dia seguinte também não, avisamos mamãe que achou que a velha senhora devia estar cansada de sentar-se na varanda e resolveu ficar dentro de casa.
Eu e meus irmãos éramos muito curiosos e não ficamos satisfeitos com esta conclusão de mamãe, saímos de mansinho e entramos na casa da velha. Lá a encontramos deitada muito febril.
Voltamos para casa gritando e nossa mãe correu para saber o que havia acontecido, contamos sobre nossa aventura e ela e mais duas vizinhas foram até lá, conseguiram entrar em contato com uma filha que morava no Paraná e que só chegaria no fim de semana. Mamãe e as vizinhas limparam a casa da pobre velhinha, a medicaram e deram banho. No dia seguinte ela estava bem melhor, ainda não podia sentar-se na varanda, mas andou um pouco dentro de casa.
O fim de semana chegou e com ele a filha da boa senhora, ela veio com um caminhão de mudança e embalou todos os pertences... No dia seguinte a casa já estava vazia e a varanda tornou-se triste e solitária.
Mamãe agradeceu o que fizemos, pela pobre velha, mas nos deixou de castigo uma semana para que aprendêssemos a não desobedecê-la mais e nunca invadir a casa das pessoas. Merecemos o castigo, mas estávamos felizes por ter ajudado a pobre velhinha da varanda...


Na rua da escola...

Na rua da escola havia uma casa desabitada a muitos anos. Ela não estava bem na rua e sim na esquina ao final da rua da escola, era próxima a vendinha do senhor Joaquim.
Bem, criança sabe como é, não pode ver uma casa vazia que já inventa coisa, mas esta casa em especial era meio estranha.
O portão era alto, de ferro escuro e retorcido, ficava em um corredor e a frente da casa estava toda quebrada, com os vidros da janela no chão e cheios de terra no quintal. Este corredor que dava para o portão era estreito, escuro e sujo e nos fundos da casa havia montes de terra, eram montes enormes com um formato meio suspeito e num canto meio escondido pela vegetação rasteira e os arbustos que crescia havia lousas de granito iguais as que vemos em cemitérios.
Sabíamos de tudo isso por que subíamos no muro da casa e espiávamos horas a fio, eu nunca entrei, sempre fui muito medrosa, mas, minhas amigas mais corajosas entravam e diziam coisas estranhas.
Diziam que aqueles montes de terra na verdade eram sepulturas, certa vez viram uns pedaços de madeira debaixo da terra, cavaram e encontraram um caixão, aquelas lousas escondidas eram as que ficavam na cabeceira das sepulturas e nelas estavam os nomes da esposa e dos filhos do homem que morou naquela casa.
A história que todos os alunos contavam era sempre a mesma com pouquíssimas alterações. Basicamente o dono da casa era louco e num dia de fúria assassinou mulher e filhos. Disseram que na geladeira estavam as cabeças e os corpos debaixo dos montes de terra no fundo do quintal.
Nunca soube realmente a verdade, certeza é que um dia, carros da polícia pararam em frente daquela casa e o levaram algemado.
Nunca mais ninguém viu aquele homem ou sua família novamente, daí as crianças contarem o que bem imaginavam, creio que a lenda urbana sobre a casa nasceu deste incidente com o dono da mesma.
A verdade é que até hoje quando lembro daquela velha casa sinto um arrepio na espinha e vejo perfeitamente aqueles três montes de terra no fundo do quintal, depois de muitos anos um conhecido comprou aquela casa e fez uma loja, depois derrubou e construiu um lindo barzinho que não foi para frente, sei lá, diziam que ao passar por lá tarde da noite ouviam-se sons de pá cavando terra e viam luzes fracas acesas no interior da casa.
Eu prefiro acreditar que talvez fosse o dono tentando arrumar alguma coisa para melhorar o bar, mas os vizinhos desacreditam já que o bar foi fechado pouco tempo depois da inauguração, o dono teve uma overdose de comprimidos para dormir.
E você? O que acha? Verdade ou fruto da imaginação?



segunda-feira, 21 de março de 2011

Nós Humanos...

O “ser” humano é um objeto muito curioso... É frágil, delicado, sensível, quebrável e pouco durável.

Só nos damos conta desta condição quando adoecemos ou ficamos incapacitados de fazermos algo.
Veja se não estou certa...

Esta cápsula que chamamos de corpo e que serve para guardar nossos órgãos vitais e alma é feito de um produto frágil, aliás, muito frágil, nós quebramos, torcemos, perdemos pedaços, envelhecemos e até paramos de funcionar.

Nosso corpo é a máquina mais maravilhosa que existe, é completa e jamais alguém poderá fazer algo similar. Somos perfeitos, porém nunca atingiremos a perfeição, pois ela não existe.

As máquinas também empacam de vez em quando, precisam de peças novas para voltar a funcionar no ritmo certo.

O “ser” humano também, para quase tudo se consegue dar um jeito, se precisa de uma perna, existe a prótese, se cai um dente, um pivô resolve o problema, se acha que os seios são pequenos, existe o implante de silicone, se o cabelo é curto, mega hair. Rói as unhas? Unhas postiças, não gosta da cor dos olhos? Lentes de contato coloridas. Uma veia não funciona bem, cateterização ou, válvulas. Tem barriga saliente? Lipoaspiração...

Percebe-se? Solução para praticamente todos os males, só para a morte que não existe solução!



Agora reflita... Uma super máquina como essa e não pode tomar friagem que pega uma pneumonia, que pode vir a tornar-se uma tuberculose se não tratar. Sair na garoa, ou, na chuva desprevenido te dá um belo resfriado... Ficar demais no sol, insolação e câncer de pele.

Andar na chuva e cair em um buraco, ou, ser arrastado pela correnteza pode fazer com que esta fabulosa máquina pare de funcionar apenas com a quantidade de água que entra dentro dela sem poder... Afunda, alaga, estraga, danifica!

Se cair no fogo, perda total na maioria das vezes, se cair de lugar alto, fratura ou coisa pior...

Deu para perceber que além de fabulosa, frágil e imprescindível ela também precisa de manutenção de vez em quando? Uma recauchutagem aqui outra revisada ali, um descanso para não desgastar e pronto: nova em folha!

Mesmo com tantas vantagens e desvantagens o produto “ser” humano continua a existir em diversos modelos e versões, para todos os gostos...

Na embalagem corpo tudo é mutável, tudo! A única coisa que nunca irá mudar é a personalidade, um bom cirurgião pode produzir um novo “vasilhame”, mas nunca uma personalidade diferente, este ingrediente é o conteúdo de dentro da embalagem que nunca será tirado de lá, permanecerá sempre.

Uma única coisa que pode ser feita com este “recheio” é completá-lo sempre, mais e mais, ele nunca ficará saturado, ou, desatualizado, muito menos desvalorizado. É preciso constantemente preenchê-lo com opções novas, diferentes, criativas e inteligentes, porém não pode abusar com coisas tolas, fúteis, ou, que não o edifiquem em nada.

Não se esqueça que isso é uma construção e que a base deve ser forte, saudável e imprescindível como a raiz de uma árvore para ser transmitida para outros.

De nada adiantaria todo este equipamento se o funcionamento do mesmo fosse precário.

Portanto, ser humano é cuidar bem da própria máquina!

Obrigada!

Puxa, quero agradecer aos meus seguidores rs... Fico feliz toda vez que entro aqui e me deparo com rostinhos novos...
Vocês são essenciais para o blog sabiam?
Obrigada por se prontificarem em ler meus textos... Agradeço mesmo...
Obrigada e excelente semana para todos nós!


domingo, 20 de março de 2011

Socorro, preciso respirar!

Porque na maioria das vezes, as pessoas se comportam de maneira tão inapropriada?
Sim... O fato de você gostar de uma pessoa, querer conversar com ela e sentir empatia por ela, não te dá o direito de controlá-la, certo?
Sei que todos já passaram por situação similar e se não passaram ainda, um dia passarão, com toda a certeza!
Esta última semana para mim foi bem complicada até...
Novamente um assunto que costuma me "assombrar" está de volta...
Ok, não é a primeira vez que me refiro a ele e também não será a última, gosto de relembrar, é uma forma de manter viva a lembrança, mas ultimamente as pessoas que me cercam estão me sufocando um pouco, sei que é para o meu bem, que querem que eu seja feliz novamente, que se importam comigo, mas eu simplesmente me sinto pressionada!
A palavra certa é mais que pressionada e sim forçada a aceitar algo que não quero no momento, até quero, mas não estou preparada...
Não costumo expressar meus sentimentos no blog, uso este recurso para expor meus textos, idéias, projetos, enfim... Coisas relacionadas ao meu trabalho como escritora (principiante é claro...) mas achei que somente desta vez devesse colocar no "papel" o sentimento que sinto, pois é muito forte e me incomoda extremamente.
Ando muito agitada, nervosa, irritada, desanimada e cansada, sei que tudo isso é por conta da alteração em minha tireóide, li que pode até deixar a pessoa com depressão, espero não chegar a este ponto... Farei um exame para saber exatamente o que é e desta forma tomar a medicação apropriada, as vezes (sempre) quando vou deitar, sinto falta de ar, mas não é falta de ar e sim coisa da minha cabeça como a médica me disse... Rs... Menos mal...
Bem, não é bem isso que queria dizer... O que quero dizer é sobre a pressão que sinto ser forçada a aceitar.
Como eu disse há pouco sobre minha querida lembrança, gosto que as pessoas respeitem minha decisão e se não aprovam, pelo menos aceitem...
Este ano, mais precisamente no dia 17 de julho fará 4 anos que perdi meu noivo em uma tragédia horrível, ele morreu no acidente da Tam... Fato!
Perceberam qual a pressão que sinto? Meus amigos insistem em dizer que preciso arrumar alguém, que príncipe encantado não existe, que a idade vem chegando... No início da semana passada fiquei realmente muito chateada com uma pessoa que gosto demais, ela trabalha comigo, foi um minúsculo desentendimento, que graças a Deus resolvemos minutos depois com uma boa conversa e um abraço amigável em seguida. Sei que o que ela disse não foi por querer, apenas escapou, ela fez uma comparação com uma prima, só que não foi feliz, a comparação era que a prima está escolhendo demais e vai acabar sozinha, eu disse que já havia feito minha escolha, mas infelizmente ela fora arrancada de minhas mãos...
Enfim, não estou ressentida com ela, o que acaba comigo é todos de certa forma opinarem... Acabo achando que estou fazendo algo errado, mas não quero ninguém no momento, sei que o tempo para cada indivíduo é diferente e se hoje não me sinto preparada para mergulhar em uma nova relação, espero que entendam... Só isso!
Agora há pouco outro desentedimento com um amigo sensacional... Muito especial até, mas que sinto uma leve pressão também... Infelizmente nos desencontramos esta semana, ele não respondeu minha mensagem, eu entendi mal, birrenta não procurei entrar em contato e ele na verdade está acamado... Sofreu um acidente e eu não sabia... Ok, fiz mal em não ligar, mas entrei no msn, coisa que não gosto muito e ele brigou comigo! Veio com muitas pedras nas mãos, tentei me explicar, mas ele estava muito aborrecido, no final, pedi desculpas, respondi as perguntas mal humoradas dele, que na verdade nem eram perguntas e sim afirmações sobre meu comportamento e falta de interesse de minha parte...
Resumindo: mais que nunca senti a pressão que as outras pessoas tentam incutir em mim, tentam fazer com que eu me sinta mal por não estar com ninguém " desde que ele morreu"?
Eu só quero uma coisa: que meus amigos me ajudem sim, mas que não se imponham nas minhas decisões, me sinto bem do jeito que estou, fico triste? Sim, muitas vezes, mas é o meu momento, é o meu tempo, na época meu livro estava saindo, eu fazia faculdade, tinha inúmeros trabalhos para fazer, artigo para redigir... Hoje posso sentir, posso curtir minha mágoa e gostaria de sentí-la! Quero passar por esta fase e lá na frente perceber que estou bem...
Não sei se irei encontrar alguém nosso amor era incondicional, mas sei que se este alguém aparecer, saberei identificar!
Fico grata pela preocupação de meus amigos, agradeço o que fazem por mim, mas peço que respeitem meu momento, para mim tudo é muito recente ainda...
Agora vou dormir... O soninho vem chegando, os olhos começam a arder e estou bocejando rs...
Excelente noite de sono, lindo início de semana na presença de Deus e maravilhoso outono para todos nós...

Sono



Gostoso,

Profundo,

Merecido,

Recompensador...

Depois de um dia de trabalho árduo, finalmente

Sossegado,

Refrescado,

Arrumado,

Deitado...

Olhos fechados, boa abrindo, ronco esvaindo

Cansado,

Arrastado,

Pesado,

Esperado!


sexta-feira, 18 de março de 2011

Oremos pelo Japão!

Bem... Para minha surpresa... Mais um seguidor, obrigada por me acompanhar!

Estava lendo uma postagem muito comovente de uma conhecida que mora no Japão e está passando por uma situação muito complicada no momento...

Ela disse que o primeiro tremor ela estava trabalhando e pensou que estava sentindo uma tontura, mas quando olhou para a luminária e esta tremia frenéticamente compreendeu o que estava acontecendo e a única preocupação dela foi correr e retirar 3 crianças que estavam próximas... Que fofa...

Sim, o relato dela é muito interessante, disponibilizarei aqui para quem quiser ler e deixar um comentário, uma força, uma palavra amiga.... O mais importante é que ela não está completamente só em outro país, a família está aqui no Brasil, mas o irmão mora próximo as montanhas e ela está com ele neste momento, embalando as coisas para voltar ao Brasil...

Oremos pelo povo japonês que enfrenta uma crise tão triste e complicada... São famílias que perdem o chefe da casa, a mãe, irmãos, as vezes famílias inteiras...

Não vamos nos esquecer de pedir a Deus para que esteja consolando e abençoando toda a população japonesa.

É muito triste perder algo que amamos, sair do país onde moramos, da cidade, deixar para trás amigos, conhecidos, parentes...

Sei que tudo isso passará, ficará marcado é claro, mas dias melhores virão...

Japão, nós estamos torcendo para que tudo se resolva da melhor forma possível... Deus os abençõe!!!!

segunda-feira, 14 de março de 2011

12º Concurso Nacional de Contos Josué Guimarães

Instalado em 1988, o Concurso Nacional de Contos Josué Guimarães homenageia o jornalista e escritor sul-rio-grandense que apoiou a criação e expansão das Jornadas Literárias de Passo Fundo, que se realizam a cada dois anos desde 1981.

O concurso destina-se a contistas, com obras publicadas ou não, que apresentem textos inéditos. Cada participante deverá apresentar três contos. As inscrições serão realizadas do dia 31 de janeiro de 2011 a 01 de junho de 2011.

As inscrições podem ser feitas através da entrega de originais no local de inscrição ou por correio. Não serão aceitas inscrições por e-mail.

As cópias dos três contos devem ser remetidas ao endereço:

Universidade de Passo Fundo
14ª Jornada Nacional de Literatura
Centro Administrativo, Campus I – BR 285 KM 171
Bairro São José – CEP 99001 – 970 – Passo Fundo/RS
Fone/Fax (54) 3316.8368

Informações sobre o concurso podem ser obtidas pelo site e-mail jornada@upf.br ou pelo telefone (54) 3316. 8368.

APRESENTAÇÃO DOS TRABALHOS

Os originais deverão ser apresentados em 04(quatro) vias, em formato A4, digitados numa só face, em espaço 2, fonte Times Roman, tamanho 12 e identificados apenas com o pseudônimo do autor. As 04(quatro) vias deverão ser reunidas em único envelope, no qual deverão constar o título do concurso e pseudônimo do autor. Nesse mesmo envelope, deverá ser colocado um outro envelope, contendo a identificação do autor, seu endereço completo, um breve currículo e a indicação dos títulos dos contos.

JULGAMENTO

Os trabalhos serão julgados por uma comissão indicada pelas instituições promotoras, e o nome dos vencedores será divulgado na abertura da 14ª Jornada Nacional de Literatura, em 22 de agosto de 2011, no Circo da Cultura de Passo Fundo. Não caberá recurso às decisões da Comissão Julgadora. PREMIAÇÃO Os dois melhores contistas receberão prêmios no valor de:

•1º lugar: R$ 5.000,00 (cinco mil reais); Troféu Vasco Prado
•2º lugar: R$ 3.000,00 (três mil reais); Troféu Vasco Prado

Alguns trabalhos poderão ser destacados com menção honrosa, a critério da Comissão Julgadora. Os contos premiados poderão ser editados em antologia organizada pelo Instituto Estadual do Livro, a ser publicada em coedição com a Fundação Universidade de Passo Fundo e Prefeitura Municipal de Passo Fundo.

OUTRAS DISPOSIÇÕES

Os casos não previstos por este regulamento serão resolvidos pela Comissão Julgadora. A inscrição implicará, por parte do concorrente, a aceitação dos termos do presente regulamento, bem como a cessão, sem ônus, dos direitos autorais dos trabalhos inscritos, para eventual publicação, até 05(cinco) anos após o encerramento do concurso.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Noite sem fim...

As longas horas são aquelas em que pensamos que nunca irão passar.
O gosto amargo da saudade é a pior coisa que uma pessoa pode sentir, tem sabor de perda, de distância, de despedida...
Os olhos buscam algo na imensidão, mas não enxergam absolutamente nada, apenas o vazio, estão secos de tanto derramar lágrimas, a vermelhidão tornou-se constante.
O coração dói se parte em mil fragmentos, esfarela, vira poeira, como um espelho que cai no chão e se quebra em mil pedacinhos... Não dá para colar e ficar igual antes... Impossível, nunca mais será a mesma coisa!
Como imaginar a vida após uma perda? Uma grande perda?
Alguém tem a solução?
Eu tenho... Deus!
Hoje tive a infelicidade de abrir uma página na internet e me deparar com uma notícia péssima que senti na pele em 2007 com a perda de uma das coisas mais importantes da minha vida, meu noivo... Uma foto enorme com muito fogo e apenas uma cauda intacta “TAM”...
Dia doloroso este, ou melhor, noite sem fim...
Vou deitar agora e cochilar um pouco, quem sabe amanhã não acordo mais disposta?







quinta-feira, 10 de março de 2011

Crise Ética

"De acordo com o Dicionário Michaelis, ética é "parte da Filosofia que estuda os valores morais e os princípios ideais da conduta humana. É ciência normativa que serve de base à filosofia prática".

Segundo Miguel Reale "a ética é a parte da filosofia que tem por objeto os valores que presidem o comportamento humano em todas as suas expressões existenciais". E acrescenta que a ética "se põe sempre como uma instância superior, à qual se subsumem a moral, como teoria das normas de conduta que emergem dos usos e costumes". (http://www.miguelreale.com.br/artigos/veticam.htm).

Vivemos uma crise ética. Vivenciamos uma crise de valores em nossa sociedade.

Milhões de reais foram gastos nas festas e desfiles carnavalescos, mas o mesmo investimento não foi feito em prol das vítimas de tragédias naturais ocorridas recentemente, citando-se a região serrana do Rio de Janeiro, como exemplo.

Casais gastam fortunas na tentativa de gerarem um filho (muitas vezes fazendo uso de esperma ou óvulos de terceiros), enquanto milhares de órfãos aguardam por um gesto de amor nos orfanatos.

Lutas pelo reconhecimento das uniões homossexuais proliferam, enquanto a família brasileira se deteriora cada dia mais.

Precisamos de uma reforma, urgentemente. Temos que resgatar os valores éticos. Mas, como saber o que é certo ou errado? Como resgatar esses valores antes que a humanidade pereça chafurdando num poço de degradação moral e social? A resposta que julgo mais adequada: devemos recorrer aos preceitos da Palavra de Deus. Somente ela é capaz de nos mostrar o caminho da retidão, da ética, da moral e da justiça.

A tua palavra é lâmpada que ilumina os meus passos e luz que clareia o meu caminho.
Salmo 119:105

Deus Único e Eterno: tenha misericórdia de nós!

Pr. Nill. "

Pastor Nill, advogado e ex-integrante do grupo Dominó.




quarta-feira, 9 de março de 2011

Será o fim dos livros tradicionais?


O site de vendas online Amazon comunicou que, pela primeira vez, a venda de livros digitais bateu os impressos.

Os norte-americanos já consomem mais ebooks, livros comercializados digitalmente através da Kindle ebooks, do que obras tradicionalmente impressas. Estes valores relativos a janeiro de 2011 são adiantados pelo site de vendas online Amazon.com e evidencia, pela primeira vez, que os Estados Unidos da América podem já ter nas mãos o capítulo em que as novas tecnologias vencem as velhas.

O comunicado, citado pelo jornal britânico The Guardian, adianta que por cada 100 livros impressos adquiridos pelos clientes, há 115 digitais que são comprados através do site.

Até as obras de capa dura foram ultrapassados e hoje são três vezes menos vendidos que os e-livros. Infelizmente, a marca não refere valores absolutos de vendas até ao momento.


PS: Por mais que eu goste de tecnologia, creio que nada substitui o contato com o livro impresso nas mãos, o cheiro das folhas, o tom amarelado tempos depois... Enfim, ainda acredito que os livros impressos não deixaram de existir!




terça-feira, 8 de março de 2011

8 de março de 1857 - Dia Internacional das Mulheres


 
Lá estavam elas, ao som dos teares, tecendo com fio de lilás os tecidos que deveriam vestir e aquecer outros corpos (roupas que elas mesmas jamais vestiram).

Já próximas ao limite de suas forças, exaustas pelas 16 horas de lida diária, as operárias ainda encontravam ânimo para socorrer companheiras que se esvaiam tuberculosas;

Para saudar recém-nascidas que saltavam para dentro da vida ali mesmo, sob os teares; e para chorar envelhecidas jovens que aos 30 anos agonizavam em seus postos e se despediam da vida.

Trabalhavam em condições subumanas, recebiam um ínfimo salário, as condições de salubridade eram precárias, não havia nenhuma lei que as protegesse no tempo de gravidez e de parto.

Embaladas pelo ritmo das máquinas, e com o colo molhado de lágrimas, as mulheres gestam sonhos de esperanças:

Salários dignos, melhores condições de saúde, jornada de trabalho que lhes permitisse abraçar mais longamente suas crianças, beijar mais ternamente seus maridos e saborear um pouco mais a comunhão à mesa na simplicidade de seus lares.

Contagiadas por esse sonho, declararam greve e foram compartilhar seus anseios com o patrão.

Mas o patrão, indignado com tamanho absurdo, julgou ser este um caso de polícia. E aquele sonho divino foi transformado em um pesadelo infernal.

No dia 8 de março de 1857, a fábrica de tecidos Cotton, de Nova York, foi incendiada. As portas estavam trancadas. O edifício foi transformado em um grande crematório.

129 mulheres morreram queimadas.

Mas a fumaça daquele holocausto espalhou-se por todo lugar, levando consigo o sonho daquelas mulheres, contagiando e sensibilizando pessoas em todo o mundo, que se encarregaram de tornar realidade aquele ideal.

Mártires cremadas, fios lilases,

Gestantes de um mundo melhor,

Inspiraram Clara Zetkin a propor, durante o 1º Congresso Internacional de Mulheres, realizado na Noruega em 1910, a instituição do Dia Internacional da Mulher. Desde então, a cada 8 de março, Mulheres e Homens tem reafirmado sua tarefa de tecer uma nova história.


Adaptação do poema O Fio da História, de Edenir Antunes Filho e Luiz Carlos Ramos
Fonte


PS: Fiquei sabendo da verdadeira história sobre o dia Internacional da Mulher quando tinha uns 8, 9 anos... Achei interessantíssima, muito triste claro, mas muito marcante também...
Não podemos nos esquecer NUNCA que estas 129 operárias que perderam suas vidas neste trágico incêndio, nos deram a oportunidade de termos um dia dedicado a nós!


Feliz dia Internacional das Mulheres ❤

sexta-feira, 4 de março de 2011

A festa da CARNE

Carnaval em Veneza, único e extremamente encantador!

"Conhecemos bem as expressões: “Brasil, o País do carnaval”, “o ano somente começa após o carnaval” e tantas outras. Essa ultima expressão não deixa de ser uma verdade, muitas escolas programam o seu calendário de inicio das aulas para depois do carnaval. Vários períodos de férias coincidem com o carnaval. Um número enorme de brasileiros aproveita o período pré para ser preparar para o carnaval, para outros, apenas um feriado prolongado. Mas, sem duvida nenhuma, o carnaval é a festa mais empolgante comemorada no Brasil.

Apesar do nosso ufanismo: “Brasil, o País do carnaval”, essa festa, como a maioria dos festejos comemorados no Brasil, é importada. Se perguntarmos o que significa o carnaval a maioria da população brasileira responderá: “um período de três dias que antecede a quaresma”. Quaresma vem do latim quadragésima, ou seja, quarenta dias, muito embora, esse período dure quarenta e sete dias, a Igreja Católica não conta os domingos. Segundo a Igreja Católica a quaresma é um tempo litúrgico de conversão, penitencia e orações que marca a preparação para a Páscoa.

O carnaval tem múltiplas origens e até mesmo a origem do seu nome é controversa, uns acredita que vem de carne valle, ou seja, adeus a carne. Para outros carrus navalis, expressão anterior ao Cristianismo que significa carro naval.

O homem sempre teve necessidade de um frisson coletivo, para viver a fantasia como realidade e a realidade como fantasia. O homem da antiguidade, que de antigo tem somente o nome e o tempo passado, promovia essa festa como um culto para louvar a natureza. No antigo Egito, às margens do Nilo, no período próximo ao equinócio da primavera no hemisfério norte, fazia uma festa à Deusa Ísis e ao touro Apis, com dança e pessoas mascaradas para pedir uma boa colheita. Na Grécia antiga, no mesmo período do ano, fazia uma celebração festiva ao Deus Dionísio regado a vinho, danças e sexo. Na Roma, antes do Cristianismo, promoviam-se os bacanais, saturnais e lupercais em homenagem a Baco, Saturno e Pã, respectivamente. Festejos que se misturavam nobres, escravos e plebeus, no mais autêntico frisson coletivo.

Quando incorporado ao calendário Cristão em 590 dC, foi banido os atos pecaminosos, o que contrariou a tradição dos festejos. Em 1545 no Concílio de Trento o carnaval voltou a ser uma festa popular. Daí em diante, cada cidade passou a organizar os festejos a sua moda. Máscaras, músicas, danças e excessos compunham os instrumentos de fantasia, divertimento e crítica social. Carnaval como de Veneza, Nice, Paris se destacaram aos olhos do mundo entre os séculos XVII e XIX. Embora, tenha chegado ao Brasil pelas mãos dos Portugueses com o nome de entrudo, Paris foi a grande exportadora do Carnaval moderno.

Carnaval, o frisson que faz parte do inconsciente coletivo, encontrou no Brasil uma terra fértil para a sua expansão, aqui “o jeitinho brasileiro”, a criatividade, o espírito gozador e a ginga que ninguém possui, deu ao carnaval um toque bem brasileiro. O que perdemos da origem do carnaval foi o culto e os festejos à natureza, aliás, o que se lembra da natureza no carnaval é que não chova, para não molhar a festa ou estragar o passeio do feriado prolongado."

quinta-feira, 3 de março de 2011

Quinta-feira chuvosa...


Daqui de onde me encontro neste exato momento posso contemplar o doce vôo das pombas sobre o pátio em frente à Secretaria Estadual da Educação onde trabalho... Está uma garoa fina e o ambiente está super aconchegante!
A luz está amena, as janelas abertas, o ar gélido entra e refresca tudo e todos...
Agora a pouco fiz um café e tomamos uma xícara fumegante para espantar o frio, é gratificante morar em um país de clima tropical abençoado por Deus!
Não sei explicar, mas em dias assim fico muito mais feliz e disposta rs... Tenho vontade de fazer muitas coisas, escrever, assistir filmes, ir a shows, limpar a casa... Enfim, tudo o que no calor me dá muita preguiça.
Tenho várias releituras de contos de fadas prontas, ao todo são 11 para apresentar a todos vocês, mas ainda estou guardando por não tê-las registrado... Logo mais...
Enquanto não registro, quero fazer pelo menos mais uma, gosto de números pares, continuo aqui observando a janela e vendo a garoa fina cair... Um andarilho correndo pelo meio da praça, um policial entrando aqui para tomar café...
Enfim, vejo a vida exatamente como ela é através de minha janela...
Excelente tarde chuvosa para todos!!! Assistam filme ok?



quarta-feira, 2 de março de 2011

Encontro na porteira


Meu avô materno morava em sítio distante da cidade. Trabalhava fora enquanto minha avó e meus tios ainda pequenos ajudavam com os afazeres da casa e das plantações, não era um terreno enorme, mas dava para plantar algo e sobreviver com os frutos do trabalho.
Enquanto minha avó semeava, carpia e colhia, meus tios brincavam pelas redondezas, correndo atrás de pintinhos, desfazendo ninhos de ratos, construindo bonecos de sabugo de milho, enfim, encontravam sempre alguma coisa para fazer.
Minha vó teve oito filhos então costurava, limpava a casa, trabalhava na roça e cuidava das crianças, claro. Fazia o uniforme escolar de todos, sofreu bastante, pois tudo era muito difícil, hoje está doentinha, morando com uma de minhas tias em Minas Gerais e com 93 anos, muito fofa por sinal!
Ela fazia bonecas de pano para minhas tias e bonecas super fofas, quando eu era menor e tinha uns oito anos, ela também fazia roupas para minha Barbie, lembro de vê-la sentada na máquina de costura com seu óculo de aros preto e coque nos enormes cabelos que vão até para baixo da cintura e que na hora de dormir ela faz um trança gigantesca.
Às vezes quando não íamos à igreja no domingo à noite eu e minhas primas ficávamos brincando no quintal e ela e meu avô (não o da narrativa, na época ele já era falecido, pois morreu bem antes de eu nascer) sentavam-se no banco de madeira que ficava no corredor e passavam a tarde toda ali conosco, contando estes casos ou cochilando em suas cadeiras de praia, a de meu avô era verde e branca e de minha avó rosa e branca, depois ela se levantava e ia preparar o jantar, meu vô sentava-se na cadeira encostada à parede e nós nas cadeiras em volta da mesa e jantávamos com eles. Nunca vou me esquecer era realmente delicioso jantar na casa de meus avós, mas voltando a narrativa, não vou contar sobre este avô, o Moysés e sim sobre o primeiro marido de minha avó, o vô José.
Enquanto minha vó labutava na roça e meus tios brincavam, meu avô trabalhava. Certa vez um vizinho estava muito doente, já bem debilitado mesmo, não saia mais da cama de tão fraco que se encontrava. As pessoas da redondeza diziam que ele não duraria muito tempo, que era questão de dias, seus filhos estavam tristes, afinal de contas ninguém fica feliz quando um ente querido adoece.
Questão de dias mesmo e o pobre do vizinho veio a falecer, todos foram ao enterro, apesar de ser considerado muito mau ele era muito conhecido na região. Seu José como sempre não ficou sabendo do ocorrido, só sabia que ele estava doente e nada mais.
Depois de mais ou menos um mês de enterrado o pobre, meu avô vinha de madrugada pela estrada e resolveu passar por dentro do sítio onde este sujeito morava. É comum em sítios, os vizinhos passarem por dentro das porteiras dos outros vizinhos para chegarem mais rápido em sua casa do que andar pela estrada deserta tarde da noite.
Então, ele fez o trajeto todo de costume e ao se aproximar da porteira mais ou menos meia-noite viu um vulto sentado no chão ao lado da própria, ficou meio confuso, não podia ser quem ele estava imaginando que fosse, onde já se viu o compadre sentado na porteira a esta hora da noite, mas continuou a caminhar em direção ao local que precisava passar, afinal de contas, o homem estava em sua casa e podia sentar-se onde bem entendesse e a hora que achasse conveniente.
Ele aproximou-se estarrecido, pé ante pé e o vulto não se deu ao trabalho de olhar para ele. O homem que estava sentado no chão por conta da noite sem a luz da lua ficava coberto pela penumbra dando para visualizar apenas uma sombra bem nítida com o chapéu na cabeça que este sempre usava. Vô José meio sem saber o que fazer, passou por ele e cumprimentou-o, ele não respondeu, tentou puxar um assunto qualquer, quis saber como andava sua saúde, se estava se sentindo melhor e o outro continuava totalmente estático, ele meio zangado despediu-se e passou pisando duro dirigindo-se para sua casa. Olhou para trás mais uma vez depois de andar mais alguns passos e o vulto continuava lá, no mesmo lugar.
Em lá chegando, encontrou minha vó, como sempre estava terminando algum afazer para depois ir deitar-se e comentou que acabara de encontrar o vizinho que sem um pingo de educação não fora capaz de responder a nenhuma de suas perguntas. Dona Ana ficou boquiaberta, os olhos arregalados, as mãos suspensas no ar...
— O que houve mulher! — disse vô José — Por que esta cara de espanto?
— Por que este vizinho morreu há mais de um mês...
Não sei qual foi a reação de meu avó porque a história acaba aí, mas imagino que não deve ter sido muito diferente da reação que minha avó teve... Já imaginou só, tarde da noite, mais precisamente meia-noite horário que dizem ser de fantasmas você estar andando sozinho e se deparar com uma pessoa que já morreu?
Eu não gosto nem de imaginar!