quinta-feira, 21 de março de 2013

Joseph Merrick, o Homem-Elefante

Em 1862 nasceu na Inglaterra, o garoto que, mais tarde, seria chamado de Homem Elefante. Joseph Merrick - apesar da lenda que sua mãe foi pisoteada por um elefante enquanto o carregava em seu ventre - nasceu sem nenhuma anormalidade aparente.

Seu corpo começou a se transformar quando ele tinh...a por volta de 5 anos de idade, mas as mudanças eram sutis e ele vivia uma vida normal. Foi por volta dos 12 anos que a tragédia aconteceu: sua mãe faleceu.

Não se sabe a relação, mas só após a morte dela que as deformações no corpo começaram a se acelerar. O pai de Merrick se casou novamente e a madrasta maltratava o garoto, que fugiu de casa e passou a se apresentar em circos de horrores.

Foi lá que Merrick chamou a atenção de Frederick Treves, um médico que, interessado em seu caso, ofereceu a Joseph uma moradia, uma amizade e o respeito digno a qualquer ser humano

Foi durante a época em que morou com Treves que Merrick passou os dias mais felizes depois da morte de sua mãe. Tratado como um ser humano, ele passou a encantar a sociedade londrina com sua boa educação e seu bom caráter.

Em suas anotações, Treves, que receberia a Ordem dos Cavaleiros do Império Britânico, escreveu: "Uma coisa sempre me entristeceu em Merrick era o fato de que ele não era capaz de sorrir. Fosse qual fosse sua alegria, seu rosto permanecia impassível. Ele era capaz de chorar, mas não era capaz de sorrir."

Treves comentou, tempos depois, que Joseph, apesar de bem tratado, sempre desejou ir para um hospital de cegos, onde poderia encontrar uma mulher a quem a sua aparência não repugnasse.

Joseph Merrick tornou-se uma espécie de celebridade na alta sociedade vitoriana. Alexandra da Dinamarca – mais tarde Princesa de Gales – interessou-se por Joseph, levando outros membros da classe alta a compartilhar desse interesse. Joseph acabou por se tornar amigo da rainha Vitória.

A sensibilidade de Merrick era notável, assim como seus dotes artísticos. Apenas uma de suas mãos era hábil, mas foi com ela que ele construiu uma maquete da igreja que via do hospital em que morava. Hoje a igreja permanece em exibição no mesmo hospital que abriga seu esqueleto.

Por causa de seu corpo, as tarefas mais simples eram quase impossíveis. Quando saía, ele tinha que sair encapuzado para não causar espanto nas pessoas. Para dormir, ele não podia se deitar pois o peso de seu crânio fecharia sua traqueia. Merrick dormia sentado ou agachado, com as mãos agarrando as pernas e a cabeça apoiada sobre os joelhos.

Foi justamente durante o sono, aos 27 anos de idade, que Merrick faleceu. Sir Treves atesta que nos últimos anos de sua vida, a doença se acelerou e, na manhã de 11 de abril de 1890, Merrick foi encontrado morto. Aparentemente, durante o sono, a cabeça dele tombou para trás e seu peso provocou uma fratura em seu pescoço.

A história de Merrick foi adaptada para o cinema pelo cineasta David Lynch em um filme lançado em 1980. No teatro, já foram várias as adaptações.

Havia um poema, escrito pelo inglês Isaac Watts, que Merrick gostava de colocar no fim de todas as cartas que escrevia:

"De fato, a minha aparência é algo medonha,
mas censurar-me é censurar a Deus.
Pudesse eu recriar-me outra vez,
não decepcionaria você.
Pudesse eu abarcar o mundo de polo a polo
ou agarrar o oceano num abraço,
aí, eu seria medido pela minha alma,
a base da mente do homem"

O esqueleto de Joseph Merrick foi preservado e exposto no Hospital Real de Londres.

Sugestão de Henrique Mota
Texto de Diego Vieira
Administração Imagens Históricas

Suíços criam canudo que filtra água contaminada

Uma empresa suíça criou um canudo que elimina elementos nocivos à saúde encontrados na água contaminada, como bactérias e vírus. Cada canudo possui um potente sistema de filtragem, que pode ser usado para limpar até 700 litros de água – quantidade média consumida anualmente por cada pessoa.

Batizado de LifeStraw (em português, “Canudo da Vida”), o tubo de plástico é bem mais grosso que um canudinho convencional e elimina praticamente todos os elementos nocivos que contaminam a água, responsáveis por causar doenças como cólera, diarreia e febre tifoide. Além disso, o “Canudo da Vida” destrói 99% dos vírus que circulam no sistema de filtragem, elaborado a partir de fibra halógena.

 Ao longo de uma série de testes, a Universidade da Carolina do Norte comprovou que o canudo consegue filtrar totalmente as amostras de água contaminada com as bactérias Escherichia coli B e Enterococcus faecalis, além do vírus MS2 colifago, iodo e prata. Assim, as cobaias ingeriram água potável por meio do canudo de filtragem instantânea.

No entanto, o LifeStraw não consegue eliminar metais pesados da água, como ferro e flúor, e também não está apto a remover parasitas, como a giárdia e o criptosporídio. Cada canudo, que tem menos de 25 centímetros de comprimento, pode filtrar até 700 litros de água – estimativa média do consumo anual de água por pessoa.

Agora, o objetivo dos criadores é levar o produto a ONGs e grupos de ajuda humanitária, mas, de acordo com o CEO da empresa, Mikkel Frandsen, nem todos demonstram interesse por soluções que melhorem o acesso e a qualidade da água nas regiões carentes. “Ninguém está estrelando uma campanha de erradicação da diarreia”, declarou o CEO para a Scientific American.

A empresa de relações públicas Saatchi & Saatchi indicou o Canudo da Vida como a principal ideia que mudará o mundo nos próximos anos, em uma competição recente entre inovações tecnológicas com impacto na ajuda humanitária, na educação e na medicina. O grupo Vestergaard Frandsen, que desenvolveu o sistema, recebeu uma quantia de 100 mil dólares para ser investida no produto.

Fonte: Ciclovivo