sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

A menina que não sabia ler vol. 2 - John Harding

Quando começamos esta continuação de “A menina que não sabia ler” encontramos Florence em uma instituição para doentes mentais. Depois de tudo o que ela causou na casa do tio, era mais do que evidente que sua mente transtornada e sempre alerta não devia funcionar 100% como dos demais.
 
A narrativa é bem interessante, não conseguimos dizer ao certo o que Jack Wells é logo de início, mas com as descrições de seus pensamentos e de suas ações entendemos um pouco, pelo jeito ele é um ator falido que já interpretou algumas peças, porém existe algo selvagem em seu passado, algo de que ele tenta fugir, mas que sempre o arrasta para baixo novamente e ele acaba cedendo duas vezes porque na terceira o feitiço se torna contra o feiticeiro.
 
O’Reilly é uma funcionária fria, com aspecto carrancudo que parece pressentir que no fundo Jack Wells não é quem ele diz ser. Um acidente de trem dá uma segunda chance a Wells, ele rouba a identidade do Drº Shepherd e vai parar na instituição que Florence se encontra.
 
Morgan, o responsável pela instituição dirige a mesma com mão de ferro, não consegue entender que raio de “Tratamento Moral” o Drº Shepherd utiliza e o questiona, ele é totalmente contra este tipo de tratamento alegando que não funciona, que cérebros danificados não possuem remédio.
 
Finalmente Morgan cede e Shepherd começa uma experiência com Florence que na instituição é chamada de Jane Pomba porque ninguém sabe o seu verdadeiro nome, pois ela “deslembra” o seu nome, sua origem, o motivo que a levou até ali e tudo mais que gira em torno de si.
 
É interessante como a narrativa se desdobra todos os altos e baixos e é impossível não se sentir incomodada com o tratamento desumano que é dado às pacientes, para se ter uma idéia geral dos “tratamentos” a hidroterapia é uma banheira com água gelada na qual a paciente fica submersa apenas com a cabeça para fora, amarrada e com uma espécie de lona por cima no mínimo 3 horas... E a sala do dia? Uma sala na qual ficam sentadas sem nenhuma janela para olhar para não ter distrações aguardando o horário da refeição que é pouca e nada apetitosa. Fiquei com receio se eu terminaria de ler ou não, mas continuei porque adorei o primeiro e o segundo é igualmente bom, só as partes que fala dos tratamentos e da reação delas me incomodaram bastante.
 
Morgan possui um segredo que apenas O’Reilly conhece, mas que Shepherd irá descobrir futuramente.
 
Florence também descobre coisas importantes que usará a seu favor e diferente do que todos pensam ela sabe ler, desde o primeiro livro sabemos que ela é uma autodidata muito esperta, inteligente, cruel e fria. O que será que Florence vai fazer?
 
E O’Reilly que com toda a sua rudeza e arrogância ganha em troca?
 
Será que descobrem a verdadeira identidade de Shepherd e o que ele estava indo fazer naquele trem que sofreu o acidente no qual ele roubou a identidade de outra pessoa?
 
Sugiro que você leia e tire suas próprias conclusões porque no momento “deslembro” do desfecho rs...
 
Boa leitura!!!
 

           

Gotas de chuva...

Ano passado durante uma chuva torrencial que caiu sobre a cidade na parte da tarde comecei a pensar nas maravilhas que Deus faz em nossas vidas e não nos damos conta.
 
Por mais turbulento que nosso dia tenha sido, por mais caótico que o trânsito se encontrou, Ele com sua infinita graça nos levou ao trabalho e nos trouxe de volta para os nossos lares. Quando chegamos todos estavam lá aquecidos, protegidos, resguardados respirando.
 
Parece algo comum dizer isso, mas não é tão comum assim. Só estamos vivos pela graça de Deus, logo é nosso dever agradecer a Ele todos os dias a oportunidade que Ele nos dá de respirarmos mais aquela vez, agradecermos o cuidado que Ele tem com os nossos e o zelo que Ele demonstra a cada segundo suprindo nossas necessidades e permitindo um dia após o outro.
 
Então, enquanto via pessoas apressadas correndo com seus guarda-chuvas, escutando barulhos de buzinas e notando filas quilométricas de automóveis parados lembrei do filme “Deixados para trás” onde as pessoas somem quando Jesus recolhe os escolhidos. Aviões voam para a destruição, veículos perdem o controle porque seus motoristas simplesmente do nada desapareceram... Filme fortíssimo que nos faz refletir até que ponto estamos de fato preparados para a vinda de Cristo, a versão mais recente com o Nicolas Cage não é tão boa quanto a primeira que eu recomendo que assistam, no youtube tem os três filmes, vale muito a pena...
 
E foi assim, em meio a filmes e visões que me dei conta do real significado da expressão “orar sem cessar”.
 
O seu dia pode estar cinzento, sua alegria e força de vontade podem estar adormecidas em algum cantinho esquecido por aí, mas somente Deus pode reverter qualquer situação e fazer o sol voltar a brilhar novamente, porque sempre depois da tempestade, vem o sol.