terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

A última chance - Karen Kingsbury

Este é o segundo livro da Karen que leio e estou completamente decidida: preciso ler todos os livros traduzidos dela. A mulher possui uma forma de escrever que me toca profundamente, não é à toa que liderou a lista de best-sellers do New York Times em 2012 e para quem diz não apreciar muito ficção gospel, sinto informar que esta é sim uma IMENSA escritora cristã!!!
 
Ela consegue colocar a medida exata de emoção em cada parágrafo, eu me emocionei em muitos trechos do livro, sentia perfeitamente a aflição das personagens e me vi retratada na história, alguns detalhes não coincidem com a minha história de vida, mas no todo, na idéia geral me serviu muito bem, talvez seja por este motivo que senti tanto...
 
A triste história de Nolan e Ellie, nos mostra como a distância, a falta de perdão e de comunicação afetam tantas vidas.
 
Desde muito cedo Nolan sabia que Ellie seria sua esposa, a sua escolhida e fazia questão de dizer isso para ela todas as vezes em que se encontravam debaixo daquele carvalho velho e enorme depois dos treinos de basquete, ele queria ser jogador profissional. Ellie sonhava em ser uma escritora famosa, mas infelizmente tudo isso ruiu quando sua mãe chegou em casa depois do jantar como vinha fazendo e contou algo para o marido que mudou sua vida drasticamente. Da noite para o dia se mudaram para San Diego, a mãe ficou, na realidade foi expulsa de casa e quase que Ellie não teve tempo de se despedir de seu amigo tão querido. Vendo a tristeza de sua amada Nolan resolve que deverão escrever cartas, uma forma para expressar tudo o que estão sentindo naquele momento e que as mesmas serão depositadas embaixo do velho carvalho em uma caixinha de metal que ele tinha na garagem e que ficariam ali repousando por 11 anos, assim se eles perdessem o contato ou algo similar uma coisa estaria certa, eles teriam mais uma chance para se reencontrarem.
 
Muita coisa aconteceu e a data de 01 de junho ficou cravada na alma de Ellie e Nolan, foi a data em que enterraram suas cartas ao pé do carvalho e seria a data dali 11 anos que desenterrariam novamente as cartas e aí sim poderiam ler o que cada um escreveu para o outro.
 
Ellie sofreu muito, morando apenas com o pai em um lugar diferente e sem amigos ou familiares, por outro lado, a dor pela perda do melhor amigo que ela amava e que só admitiu isso quando estavam se despedindo a machucava constantemente. O pai a controlava demais e no começo não tinham residência fixa, logo não tinha um endereço para se corresponder e quando por fim estavam instalados em sua casa ela não quis manter contato, sua vida havia virado de cabeça para baixo, ela cortava cabelos em um salão próximo ao quartel onde o pai trabalhava e onde moraram por um bom tempo e para piorar havia engravidado de um soldado que não quis assumir e que foi morto em combate tempos depois. Estava magoada com o mundo, achava que a mãe não gostava mais dela por nunca receber uma única carta desde que saíra de Savannah e tudo ficava cada vez mais difícil. Para piorar os anos foram passando e ela via seu amigo de infância se destacar no basquete. Ela se lembrava com saudades da época em que o via treinar todos os dias no ginásio da escola, adorava vê-lo arremessar, correr e marcar cestas, mas tudo isso agora fazia parte do passado, um passado distante que não voltaria jamais e que ela estava disposta a manter desta forma.
 
Nolan nunca cansou de procurar por Ellie. Conforme ficava mais famoso os recursos para procurá-la melhoravam e ele chegou até a contratar um detetive particular, sempre fez de tudo para conseguir um telefone, endereço ou qualquer pista que indicasse o paradeiro de sua amada, ela, porém mudou o nome para que não fosse fácil localizá-la e assim os anos avançavam impiedosos e a data do reencontro se aproximava cada vez mais.
 
Onze anos depois e Ellie descobre que seu pai guardou um segredo dela durante todo este tempo, ela fica irritada, magoada, com vontade de deixar tudo para trás e ao mesmo tempo de resgatar o que havia perdido, mas como fazer? A data estava próxima e ela só teria que fazer uma coisa, viajar até Savannah como o combinado e desenterrar a carta que a consumiu durante todos estes anos, queria pegar a sua e sumir, estaria fazendo o combinado e isso era tudo o que importava, ela não queria encontrar com Nolan, ela tinha vergonha do que havia feito com sua vida, ele tinha uma vida exemplar, era um astro do basquete famoso no mundo inteiro, todas as mulheres viviam aos seus pés e ele com certeza não estaria lembrando que um dia havia combinado esta história louca com uma garota de 15 anos embaixo de um carvalho, mas para ela aquilo fazia muito sentido e mais do que nunca precisava colocar logo um ponto final.
 
Tantas idas e vindas aconteceram e Nolan e Ellie viveram tempos difíceis um longe do outro. Agora adultos era fácil resolver este problema, bastava uma ligação e tudo seria resolvido, mas e a vergonha? Por fim Ellie se decidiu, iria até o carvalho e seria nas primeiras horas da madrugada para não encontrar com ele, isto se ele ainda lembrasse de uma caixinha de metal enterrada na terra agora dura e fria.
 
Ficou curioso? Sugiro que leia o livro, eu simplesmente amei!!!!
 

Série Deixe-me Entrar vol. 1 - Letícia Godoy

Bom, não sei bem por onde começar... Vejamos... Todo o envolto por trás da série é surpreendente! Sofrer bullying e ainda por cima criar uma história encantadora não é para qualquer um não e a Letícia conseguiu unir os dois e criar algo extraordinário. Nossa sociedade hoje em dia romanceia muito esta questão de depressão, as pessoas estão banalizando coisas importantes e que merecem toda a nossa atenção. Achei sua garra e sua força incríveis, você deu a voltar por cima e nos brindou com este romance delicioso...
 
Sabe aqueles livros que começam em uma época bem distante da nossa? Com caça às bruxas e queima das mesmas na fogueira em praça pública? O nosso livro começa bem aí e depois de algumas explicações para entendermos o que se passa voltamos para os dias atuais.
 
Nossa protagonista se chama Julianne Ipswich, ela mora em um internato na Suíça o Le Rosey desde os 8 anos de idade, não tem muitas lembranças de sua infância, mais precisamente de sua família, as lembranças de família que ela possui são as que adquiriu com a professora de história Eliina e seu marido Jansen que a tratavam como filha. Algumas coisas ela achava meio estranhas como o fato de eles optarem sempre por passear na floresta gelada enfrentando todo aquele inverno rigoroso, quando a maioria das pessoas preferiam sempre fazer passeios na época do verão.
 
Alguns fatos sobre a sua família também chamavam a atenção de Julianne, ela se sentia como uma peça deslocada entre eles, havia sim algumas semelhanças entre sua mãe e ela como os cabelos loiros, a estatura baixa e os lábios carnudos. Do pai ela herdara os olhos verdes e o corpo. Não se parecia com suas irmãs que eram muito belas e uma coisa que a intrigava sempre era o fato de seus pais assim como sua professora Eliina nunca demonstrarem a passagem do tempo... Como eles conseguiam se cuidar tanto desta forma?
 
Um dia a diretora do internato a chamou em sua sala para comunicar que no dia seguinte ela estaria retornando para sua casa finalmente depois de tantos anos longe do convívio deles, ela ficou bem fascinada com a idéia de poder viver em família, mas ao mesmo tempo seu coração doía pelo fato de deixar Eliina sua mãe do coração e sua amiga Charllote. Ela queria ir para os seus, mas não queria deixar os seus outros seus...
 
Nesta mesma noite, sua professora e o marido foram até o quarto de Julianne, eles precisavam contar algo muito importante antes que ela fosse embora e o momento oportuno era aquele. Começaram com uma história diferente, queriam saber se ela nunca achou estranho os passeios nas épocas mais frias, o fato de sempre estarem cobertos de roupa da cabeça aos pés e se nunca reparou que eles eram muito brancos com a coloração dos olhos que mudava de cor, quando estavam próximos de superfícies verdes ou azuis eles ficavam com a mesma coloração, já nesta noite estavam cinza.
 
Julianne achou toda aquela conversa meio estranha até ser surpreendida por algo que ela nunca esperou ouvir nos dias de hoje: vampiros! Todos sabem que vampiros não existem, que são lendas, que não passam de contos aterrorizantes para nos fazer ter pesadelos a noite, mas naquele momento algo bem esquisito estava acontecendo e Julianne não queria fazer parte.
 
Esta é apenas uma pequena degustação do que vem por aí, Julianne está indo para casa agora com o seu pai, estão tentando ter uma conversa no avião, já que depois de tantos anos de distância, o que era para ser festivo tornou-se algo triste e trouxe mágoa e raiva por ter sido deixada de canto durante todos estes anos e é exatamente isso que ela está expressando em forma de respostas curtas e ríspidas.
 
Letícia amei de paixão este comecinho tão especial pena que 32 páginas não deram nem para o começo rs... E que dia 13 chegue bem rápido porque agora não vou conseguir esperar tanto tempo para terminar!