sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

5ª Tarde Literária Illuminare - Lançamento de Haunting e Poltergeist - Contos de Assombrações e Fantasmas

Finalmente o grande dia chegou \o/ 5ª Tarde Literária Illuminare!!!

Lançamento da Antologia "Haunting e Poltergeist - Contos de Assombrações e Fantasmas"
Será em  Barueri/SP na Biblioteca Municipal dia 11/03 às 14h00.
Rua Ricardo Plagno, 10 - Vila Iracema, Barueri.

E aí, alguém interessado em prestigiar novos talentos da literatura nacional? No dia serão lançados também mais antologias e livros e ao final do evento um bolo e sorteio de brindes, o que estão esperando????

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

O Morro dos Ventos Uivantes - Emily Brontë

Ok, sou suspeita! Todos que me conhecem sabem que já li este livro mais de dez vezes, que é o meu favorito e que tenho 3 versões do filme. A primeira versão de 1939 em preto e branco que só conta a história de Heathcliff e Cathy. A versão de 1992 fiel ao livro e que eu adoro, só alguns detalhes me incomodam, como os olhos dele (quem leu entenderá a alusão) e a de 2009 bem mais extensa. Boa, mas não a minha favorita rs...

O Morro dos Ventos Uivantes é um clássico publicado em 1847. É uma história de amor e ódio tão intensa que muita coisa poderia ter sido revertida se suas personagens não fossem tão orgulhosas.

Heathcliff chega a família Earnshaw causando desconforto em todos, menos no patrão. Hindley o único filho homem odeia a criança cigana e suja que o Srº Earnshaw trouxera para casa depois de o encontrar perdido pelas ruas de Liverpool. O patrão o adorava, Cathy também, somente Hindley, sua mãe e os empregados o detestavam. O pobre cresceu desfrutando de todas as regalias como as outras crianças, até o dia em que o
patrão adoeceu e morreu e aí sua vida mudou drasticamente.

Dormia no estábulo, fora obrigado a parar de aprender a ler e escrever, mas Cathy o ensinava mesmo assim, eles tinham uma ligação muito forte. Ela o amava tão ferozmente que estava disposta a passar por cima de tudo e todos para ficarem juntos, só que em um dia, enquanto espiavam os Lintons pela janela o cachorro a mordeu e ela foi obrigada a passar alguns dias lá para sua recuperação.

Voltou mudada, em roupas caras, perfumada e completamente arrogante, se é que poderia tornar-se mais. Mandando nos criados e fazendo gozação com o estado imundo em que Heathcliff se encontrava. Ela havia conhecido Edgar Linton e reparado no contraste gritante entre ele e seu amigo. Ela queria ser rica, mas também queria ajudar Heathcliff. Ela o amava, já Edgar ela tolerava. Queria ser a senhora mais rica da região, mas não amava Linton. Ele tinha cabelos e olhos claros, era bonito e sua pele era delicada como de uma moça, já Heathcliff tinha os olhos negros e misteriosos, era viril, alto e de cabelos escuros e lisos como um cigano.

Casar-se com Linton a tornaria na mulher mais respeitável, casar-se com Heathcliff a rebaixaria já que Hindley o havia humilhado de todas as formas possíveis, o tornando em um trabalhador braçal, sem instrução e com péssimos hábitos.

E foi em uma noite chuvosa enquanto ela conversava com Nelly e esta fazia Hareton dormir, após a morte da de sua cunhada Francisca, que Catherine diz não ser ela, mas sim Heathcliff, que o amava com todas as forças e não suportaria viver sem aquele amor, mas que havia aceitado se casar com Edgar porque se casar com Heathcliff seria degradante demais.

Ele escuta esta declaração e foge no meio da chuva ficando longe por três longos e intermináveis anos. Quando ele retorna, encontra uma Catherine casada, rica, feliz e esnobe. O fato de Cathy e Heathcliff maltratarem Linton em sua própria casa e o provocar me irrita rs... O fato de Heathcliff casar-se com Isabella para provocar o irmão, engravidá-la e desprezá-la me irrita muito mais.

Ele era amargo, vil, astuto e sabia tirar proveito das pessoas se apossando de suas riquezas, porém não roubando, mas de certa forma tomando para si. O que machuca é pensar na pobre alma desesperada de Cathy, presa em sua cadeia de luxo feita por ela mesma e para quê? Ela nunca devia ter permitido Heathcliff se aproximar tanto quando retornou a Wuthering Heights, não devia ter deixado ele cuidar de Hareton transformando a criança no mesmo ser desprezível que ele era.

O amor doentio de ambos é asfixiante, não é natural. É destrutivo e por conta deste amor uma geração inteira é perdida. Se a criação de Heathcliff continuasse como era na época do patrão, creio que a história seria bem diferente, e ele e Cathy seriam felizes e não teriam a intromissão dos Linton, também se isto acontecesse a história não seria um clássico sendo lida até os dias de hoje e ganhando tantas versões cinematográficas.

Li depois a continuação, também mais de dez vezes escrita por Lin Haire-Sargeant O Retorno ao Morro dos Ventos Uivantes onde ela conta por onde ele andou durante os três anos em que esteve longe, como conseguiu sua riqueza e os modos de cavalheiro, vale muito conhecer esta história também. Como disse, sou suspeita, amo este livro <3

Minha versão preferida <3 Ralph Fiennes <3

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Quando eu parti - Gayle Forman

Gayle, Gayle, Gayle!!! O que dizer desta incrível escritora? Com este é o 4º livro dela que leio e quando acaba fico triste. As personagens são tão reais e cativantes que sinto muito todas as vezes que vão embora.

Maribeth Klein é uma editora de 44 anos, casada com Jason Brinkley que mora em Nova York. Mãe de gêmeos, corre com os afazeres da casa, cuida do marido, chega tarde da revista Frap onde trabalha, sempre trazendo serviço para casa. Se apenas isto não fosse o suficiente, de dois em dois meses acontece o jantar dos Pais dos Gêmeos, e que desta vez seria em sua casa e ela estava sem tempo para ir ao mercado, já que havia certas exigências alimentícias, como nada de laticínios, ou de glúten, para os filhos de Adrienne.

Como era uma mulher muito ocupada e com uma alimentação que achava saudável não percebeu quando seu coração deu indícios de querer parar de trabalhar e ao primeiro sintoma chupou uma pastilha de antiácido para resolver o problema, pensando que fosse indigestão, então foi para casa e adormeceu. 

Acordou pela manhã, exausta e enjoada, jogou a culpa na comida chinesa consumida na véspera, só não reparou na dor em seu maxilar sem motivo aparente. Vomitou bile e mesmo assim continuou exausta e com dores no peito. Foi em sua consulta de rotina com a ginecologista Drª Cray, que percebendo que ela não estava nada bem, pálida e com sua pressão muito baixa é que Maribeth se viu dentro de um taxi a caminho do pronto socorro. Estava sofrendo de um ataque cardíaco, infarto branco para ser mais preciso. 

Ainda a caminho do hospital mandou mensagens de texto organizando as coisas do jantar para mais tarde, pedindo para o marido adiantar as compras e dizendo que estava bem, ainda tentou negociar com o médico sobre colocar dois stents na semana seguinte o que é claro, foi rejeitado pelo médico, que a levou para cirurgia e como resposta ganhou duas pontes de safena e um cateterismo não muito eficiente já que sua artéria se rompeu no meio do caminho. 

Tudo seria fácil, se sua mãe não fosse uma terceira criança e se o seu marido se lembrasse de comprar os ingredientes corretos para a sua dieta, ao invés de oferecer uma fatia de pizza quando ela acordou ou querer aquecer uma sopa enlatada. Ela se viu comendo uma maçã, tomando iogurte e indo para o fogão cozinhar algo para si. 

Fiquei irritada com Jason em diversas ocasiões, com a mãe dela por não lavar nem a louça ou ao menos levar as crianças na escola quando estava chovendo. Fiquei irritada com sua amiga Elizabeth também, eram todos folgados, não ajudavam e deixavam tudo para ela fazer, uma mulher recém-operada, na qual o coração havia parado e seu peito havia sido aberto para que tudo voltasse a funcionar como antes. 

A gota d’água foi quando os gêmeos chegaram mais cedo em casa porque estavam com piolho e ninguém quis ajudar deixando que ela fosse na chuva comprar o shampoo e o pente, e que ela mesma fizesse o trabalho sujo. 

No momento em que ela sai de casa sem rumo certo é uma libertação. Ver seus pequenos progressos, acertos, aceitação e realização de pequenas tarefas é surpreendente. 

Maribeth faz novas amizades, descansa, fica o dia todo assistindo tv e dormindo, tira um tempo para si no qual resolve saber mais sobre sua mãe biológica, isto é importantíssimo para se conhecer e entender seus filhos e seu comportamento. 

Existe aí a reconciliação com o marido, a descoberta do amor, do compromisso, a importância do diálogo, de não esconder nada do cônjuge, de pedir desculpas no momento certo e de pedir ajuda sempre que sentir necessidade. 

Gayle é encantadoramente sensível e realista, suas personagens parecem de carne, osso e sangue e suas histórias são marcantes e inesquecíveis. 

E vocês, o que acham? Maribeth voltou para casa? Aprendeu a ser mais controlada e menos automática? 

Se eu recomendo Quando eu Parti??? Com certeza a palavra é SIM!!! Rs...
 

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Outorga de entrega da Medalha Caetano de Campos do Núcelo MMDC

No último dia 01/02 fui agraciada pelo Secretário de Estado da Educação José Renato Nalini, ocasião em que participei da outorga de entrega da Medalha Caetano de Campos do Núcleo MMDC no Teatro Fernando de Azevedo na Secretaria Estadual da Educação.
Se eu estava feliz??? O que acham? <3