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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Trecho de um outro livro...

Não aguentei e tive que deixar aqui um pedacinho do outro livro que estou escrevendo... Eu sei, escrevo muito, no momento três ao mesmo tempo e este colocarei em um site muito legal que publica por temporadas... Isso mesmo, toda semana um capítulo, estou correndo com este e está ficando muito legal... Espero que achem o começo interessante e curioso... Aceito comentários!

"Nunca houve beleza mais singular, nem coração mais puro... Nem mesmo a mais bela flor poderia competir com tamanha graça, delicadeza e perfeição.

O mar azul, as ondas batendo violentamente nas rochas, o vento soprando sua brisa morna...

A espuma branca indo dissolver-se na areia da praia, morrendo e secando como uma lágrima que é deixada cair no chão quente e poeirento das estradas de terra batida.

Ali no coração do oceano misturado há tantas lágrimas derrubadas repousa em paz suspiros de uma vida triste e despida de amor, afeição, carinho e confiança. Marcas deixadas, cravadas no fundo deste imenso poço sem fim.

O que significa então esta pequena palavra com apenas quatro letras? Afeição? Empatia? Vontade de estar junto? Não... É muito mais do que simplesmente isso, vai além, é algo que ultrapassa nossos conhecimentos, que nos molda completamente como o oleiro quando prepara o barro para transformá-lo em vaso. É uma coisa que penetra em nossa carne, espírito, mente... É como o suor que não conseguimos controlar, ele escorre, sai, expele sem que precisemos solicitar, o amor é igual. É um fogo que arde sem se ver como dizia Luís Vaz de Camões.

Muitas pessoas passam por esta vida sem conhecer o amor, não sei se são privilegiados, ou, esquecidas, o fato é que não sentem o impacto devastador que ele pode causar caso não seja correspondido e muitas vezes ele não é compreendido...

Se por acaso um dia você acordar e perceber que o sol não é tão brilhante como imaginou, ou, a lua perdeu um pouco de seu glamour, não se desespere parabéns... Você entrou para o time!

Certa noite, na calada da madrugada quando a lua beijava o mar e o vento acariciava as ondas, ouviu um som muito suave e intenso, era claro, cristalino como a água. A música suave falava sobre a vida, sobre o mar, sobre todos os seres vivos que habitavam as escuras águas do oceano gelado. Era uma música hipnotizante.

No caprichoso mar escuro há esta hora via-se a silhueta de um barco desenhado sobre o fundo branco e brilhante da lua que osculava o mar. Ele folgava nas águas, calmo, tranqüilo sacudido apenas pelo zéfiro do vento, partia levemente ao sabor da maresia.
As estrelas brilhavam no infinito, o céu, aquele manto negro e imenso cobria toda a abóboda. A luz gelada e difusa chegava até o mar, triste e distante...

O som doce continuava a encher o ar. Alastrava-se, penetrava, aninhava-se. Nada poderia mudar aquela cena, nem mesmo um magnífico salto de uma baleia atrapalharia a calma e ternura daquele tempo. Era um momento mágico e isso era a única coisa de que importa.

De repente até o tempo entristeceu-se com a cantiga solitária e infeliz, o vento soprou com mais velocidade balançando com força os galhos da palmeira da beira da praia. As ondas rugiam alto, um barulho amedrontador como se estivessem chorando sobre as pedras, o céu revestido de trevas lançou sobre a Terra seu pranto contido e desinibido, enchendo o ar com rajadas de granizos cortantes e intensos.

Ao longe a sombra do barquinho perdeu-se em meio a tantos relâmpagos, granizos, ventos, chuva e água limpa e pura que descia do céu.
Mesmo com a virada brusca do tempo o mar continuou lindo e convidativo, a espuma branca no espelho d’água contrastava com a cor forte, escura e misteriosa do coração do oceano. Quais os mistérios escondiam aquela imensidão de água? Águas profundas, turvas, escuras, perigosas. Águas que jamais viram a luz clara dos raios de nosso astro rei...

Quais os fascínios ocultos haviam por baixo de tanta água? Monstros? Seres mitológicos? Corpos em decomposição? Peixes? Baleias? Sereias? Por que não?
O encanto do mistério é esta aura de magia e realidade que lutam entre sim, pequenas parcelas de diferenças, fagulhas de não similaridades.

Leviatã, Serpentes Marinhas, Lulas Gigantes, Kraken, onde folgam estes seres fabulosos e arredios? Ocultam-se em nossas mentes, ou, estão arraigados no mais profundo de nosso ser?

Por que o medo assombra a alma das pessoas quando é citado algum destes seres fantásticos? Falta de fé, de credulidade? Falta de provas sobre suas reais existências? Medo do desconhecido? Estas são apenas algumas das muitas perguntas que rondam a imaginação das pessoas, o ser humano é movido por fatos, precisa de dados concretos para aceitar algumas coisas. Na maioria das vezes se não virem com os próprios olhos não aceitam o desconhecido, talvez por falta de conhecimento, ou, até mesmo por ignorância. Muitas pessoas pensam que se disser para outros que acreditam na existência destes seres fantásticos serão taxados de pessoas estúpidas, com falta de instrução e não é verdade, é claro que alguns deles, sem precisar fazer muito esforço sabemos que não passam de crendice popular, mas e os demais? Os avistados pelo homem? Será que não recebem crédito?"

O capítulo não está inteiro, só um pedacinho apenas, já tenho mais de 44 páginas, logo logo, disponibilizarei ok?