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terça-feira, 26 de abril de 2016

Copos que andam - Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho



Este livro é um romance espírita. Não gosto de livros espíritas porque todos são exatamente iguais. O que me levou a lê-lo foi uma pesquisa para meu novo livro e aí como a Ana Paula do canal do youtube AssombradO.com.br mencionou este livro ao final de um relato, resolvi me entregar a leitura.

Basicamente é uma advertência para todos que fazem, fizeram ou pretendem fazer a tal “brincadeira do copo” que cá entre nós sabemos que de brincadeira não tem nada.

A maioria das pessoas acham besteira, que não passa de enganação, mas por trás desta fachada inocente existe um verdadeiro perigo à espreita. Você realmente acha que está falando com um espírito bom ou zombeteiro? Ledo engano, na realidade você está conversando com um demônio que inventa um nome, uma história e depois gargalha da tua cara.

Os próprios espíritas dizem que são demônios, ou, espíritos maus, chamem como quiser, pois, só os espíritos maus é que “perdem” tempo respondendo perguntas de pessoas desocupadas, eles usam a pessoa para benefícios próprios, invadem sua casa, estragam sua vida e muitas vezes acabam entrando na pessoa que o invocou para fazer o mal. Tem certeza que mesmo depois de saber isso ainda tem vontade de brincar com algo tão maléfico?

Existem vários relatos de pessoas que passaram por experiências nada agradáveis por terem participado de uma brincadeira inocente, vale ressaltar que Tabuleiro Ouija, brincadeira do copo, brincadeira do compasso, brincadeira do pêndulo é tudo igual, todas são a mesma coisa: conversar com seres malignos dispostos a acabar com você e todos que estiverem participando, mesmo que só olhando. A decisão é sua...

Neste livro Nely descobre o tabuleiro no porão e começa a brincar, torna-se uma criança estranha, apática, pálida, sem ânimo para nada alimentando-se apenas de carne tão malpassada que chega a ser parcialmente crua. De seu corpo começa a exalar um odor pútrido. Está com deficiência de várias vitaminas, na realidade está morrendo aos poucos. Os espíritos não se preocupam com sua saúde, estão pensando mesmo em ir embora e deixa-la, afinal de contas ela já fez o que eles sugestionaram com o próprio pai, então não precisam mais desta pobre criatura.

Nely faz coisas horríveis, a solidão faz isso com as pessoas. Na escola trata mal os amigos, não tem notas boas, responde aos professores, vive irritada, prostrada nos cantos e trancada em seu quarto. A tia nunca teve tempo para ela atrás de seu amante casado e depois da perda dos pais Nely encontrou no tabuleiro ouija o “conforto” que tanto precisava e Raquel, o espírito amigo que está sempre “ajudando” é seu alento... 

O que fazer em uma situação dessa? Nely optou pela pior alternativa, se ela tivesse pedido ajuda para os empregados da casa que cuidavam dela e a conheciam desde pequena tudo poderia ter sido completamente diferente, se ela tivesse deixado Carlos e os espíritos de luz ajudarem-na sua vida teria sido bem mais fácil.

“Copos que andam” igual a todos os outros romances com a mesma temática, porém, com um tema mais polêmico. Valeu pela pesquisa, agregou mais conhecimento sobre o assunto e só me deixou com mais certeza de que isso não é e nunca será uma brincadeira.

E vocês? Já participaram alguma vez deste jogo? Conta para mim nos comentários ;)